Natividade . Pieter Fransz. de Grebber . Séc. XVII

 

Está a chegar o Natal. E com o Natal, chega também o ataque aos valores e às tradições do cristianismo, perpetrada pelas divisões dos infelizes que querem que toda a gente seja infeliz como eles; pelas brigadas da diversidade e da inclusividade, que lutam afincadamente pela exclusão de todos os que não fazem parte da brigada; pelos batalhões de globalistas-elitistas, que odeiam a humanidade e especialmente Jesus, que a amou até às últimas consequências; pelos exércitos woke, sempre famintos de extermínios culturais; pelos pelotões de fuzilamento dos justiceiros raciais, que arrasam tudo em nome de justiça nenhuma; pelas milícias ambientalistas, que de novo conduziriam Cristo à cruz, para “salvar o planeta”; e pelos activistas LGBT, que ensinam a transexualidade do messias, a homofobia dos reis magos e a promiscuidade da Virgem Maria.

O presépio é um território de caça para estas forças sinistras e radicais porque o cristianismo está nos fundamentos da civilização Ocidental, que é preciso aniquilar.

A congregação das famílias, o ritual dos presentes, a luz que a história da natividade emana, o mistério da existência humana, o sacrifício sagrado daquele que trouxe a chama divina e a verdade moral ao palco do mundo, tudo isto tem que ser erradicado em nome do homem do futuro, híbrido bio-cibernético sem alma nem livre arbítrio, que vai servir de escravo para a vontade de poder das elites embriagadas pelos seus sonhos distópicos.

 

 

Ainda assim, o Natal resiste. O cristianismo resiste. A luz sagrada, sem bem que frágil como uma vela na tempestade, ilumina a esperança e a fé infindável de gerações sobre gerações.

O legado ocidental de matriz judaico-cristã tem fragilidades óbvias e muitos dos seus pilares materiais e imateriais são relativamente fáceis de destruir, como temos constatado nos últimos anos. Mas o Natal é mais difícil de obliterar porque condensa e representa o que é melhor no ser humano. Porque evoca o amor, a paz, a generosidade, o altruísmo. Porque celebra o nascimento do mais digno e eloquente dos filósofos, aquele que falou sobre a verdade que reside no coração dos homens, aquele que os redimiu dos seus erros, aquele que lhes prometeu a salvação mesmo quando ignoram, mesmo quando esquecem, mesmo quando são agentes da negação dessa verdade derradeira.

Na guerra cultural que travamos, o Natal será a última trincheira.