Bem-vindo ao Museu Nacional do País de Gales (MNPG), em Cardiff, onde as obras de arte em exposição são degradadas e obstruídas por “criações” contemporâneas de valor plástico e conceptual abaixo de zero e que estão ali apenas para ofender o legado histórico e artístico da cultura desta nação.
Esta é uma das obras mais proeminentes do espólio do museu, da autoria de Anthony Vandyke Copley Fielding, um destacado pintor do período romântico galês.
Dado o exuberante trabalho de luz, contraste e profundidade, a obra requer que o observador se aproxime da tela para admirar o virtuosismo do trabalho. Agora não o pode fazer, porque o museu decidiu adjudicar a um idiota qualquer esta magnífica instalação, que bloqueia o acesso ao quadro de Copley Fielding, interferindo até directamente na sua contemplação integral, à distância.
É claro que ninguém acredita que esta instalação de cubos de cartão é uma obra de arte ou alguma coisa que se pareça. Este é apenas um esforço no sentido de impedir o público de usufruir do património artístico do museu, destruição essa patrocinada pelo próprio museu, e financiada pelos contribuintes galeses.
O criador desse pavoroso acto de obliteração estética e censura patrimonial registou em timelapse o processo de criação da sua “obra”, que consiste em atirar cubos de cartão, que vinham acondicionados em sacos do lixo, uns para cima dos outros até que perfaçam um monte de cubos de cartão. E descreveu até o método de trabalho, que consiste em dobrar inúmeras lâminas de cartão planificadas em fábrica (!) para formarem cubos. Sem dúvida um labor de génio, só ao alcance de uma criança em idade de escola primária, submetida à tortura da repetição por um professor sádico de trabalhos manuais.
Noutra sala, o movimento destrutivo é continuado através de uma operação de degradação pura de uma das peças mais valiosas do museu, o retrato do general Thomas Picton.
O quadro foi retirado da parede e empacotado como se estivesse em vias de ser transportado para um outro local. Desvirtuada e parcialmente oculta, a obra-prima de Thomas Lawrence é não apenas aviltada, mas impedida, sendo impossível ao visitante a sua apreciação. E a memória do Sir Picton, que combateu e morreu nas guerra napoleónicas, é assim ofendida por um conjunto de sovietes de soja, que não seriam capazes de se defender se fossem atacados por um caniche e que, sendo produto da civilização material e imaterial tornada possível pelo sacrifício de homens como este bravo general, contribuem apenas para a sua aniquilação.
Noutras salas do museu, inúmeras peças de arte clássica britânica foram substituídas por aleatórios bustos em bronze de homens negros e retratos avulsos de mulheres negras, objectos sem qualquer interesse estético ou intenção artística, pensados pelos curadores activistas do museu como manifestação política contra uma sociedade racista que na verdade há muito deixou de existir no País de Gales.
Em vez do silêncio característico dos espaços museológicos, que convida à contemplação, ao recolhimento e à reflexão, o visitante do MNPG, que não está ali para apreciar o belo e experimentar a consolação inerente, mas para ser doutrinado no ideário igualitário e socialista que preside à filosofia da curadoria e envergonhado da sua cultura e da sua história, é bombardeado com uma banda sonora de percussão tribal e cantos tradicionais africanos.
O que acontece aqui, portanto, é a virtude da arte a ser dessacralizada pela vilania do seu contrário. A nova “arte” que não respeitamos é usada como ferramenta para nos separar da arte antiga, que respeitamos. Os pseudo-artistas contemporâneos, formatados num pós-modernismo niilista de auto-comiseração e activismo político, fundado numa ideia fantasmática da história e em preconceitos marxistas da sociedade, são incapazes de rivalizar em criatividade e virtuosismo técnico com os seus antecessores pelo que o máximo que são capazes de fazer é humilhá-los e cancelá-los.
No contexto activista e radical dos curadores deste museu, a instalação é justificada como um protesto político destinado a “recolonizar” a arte, sendo que esta intervenção ensandecida do Museu Nacional do País de Gales foi promovida pela Museums Association (MA), uma organização que anteriormente fornecia orientação ética aos funcionários dos museus e que agora é um grupo de defesa de causas radicais, que promove a desvinculação, a vergonha contextual e a restrição do acesso a colecções públicas, de forma a converter os museus em centros de activismo político.
A MA é um dos principais instrumentos pelos quais a elite galesa dissemina os seus valores e cumpre a sua missão de usar o património cultural da nação contra a maior parte da sua população (a nativa), humilhando-a, degradando os objetos de veneração estética e substituindo-os por lixo sem sentido, numa operação de censura duradoura.
A Associação é também um meio através do qual a elite mostra o seu poder cultural, ao permutar a arte europeia por arte não-europeia e ao usar recursos do museu para degradar um famoso herói de guerra galês, ecoando a sua intenção de transformação demográfica. Os poderes instituídos não resistem à tentação de anunciar com antecedência as transformações sociais a que vão sujeitar os galeses.
A humilhação ritual, a redução de status e a substituição progressiva da cultura indígena euro-britânica está em marcha. O multiculturalismo – objectivo declarado dos progressistas globalistas – não pode ser alcançado sem substituição patrimonial e demográfica. Um implica e exige a outra. Devemos ver o Museu Nacional do País de Gales como um Salão Nacional da Vergonha do Homem Branco, onde os impostos pagos pela população nativa são usados contra ela, tanto em termos culturais como demográficos. Como puro exercício de poder político, a praxis das elites é admirável. Em todos os outros aspectos, é desprezível.
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Fontes:
Humiliate, Degrade, Replace – The National Museum of Wales uses its power to signal what the elite thinks about the Welsh population . Alexander Adams
Let’s check in on modern art . Paul Joseph Watson
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