Uma nova ronda de protestos de agricultores poderá em breve ocorrer nos Países Baixos, na sequência de um anúncio de que cerca de 600 explorações agrícolas em todo o país poderão ser expropriadas por “poluírem” o ambiente. Esta medida extrema, que vai contra os mais básicos direitos de propriedade e actividade económica, visa satisfazer as restrições ao nitrogénio impostas pela União Europeia (UE), que pretende eliminar gradualmente o seu uso.

 

 

Em resposta, o líder da Força de Defesa dos Agricultores, Mark Van den Oever, diz que ele e outros irão para a rua em oposição às novas normas, que injustamente apelidam o nitrogénio de algo prejudicial quando na realidade é apenas um agente fertilizante comum que as plantas utilizam para crescer e prosperar.

A alegação do governo holandês é que o nitrogénio utilizado nas explorações agrícolas está a prejudicar áreas ambientais sensíveis e que essas propriedades  devem ser relocalizadas para longe dos locais protegidos.

Van den Oever argumenta que esta alegação é “completamente errada”, e que o nitrogénio nunca foi considerado poluente até muito recentemente, quando subitamente começou a assumir a culpa pelas alterações climáticas.

Se o governo holandês continuar a obedecer aos ditames da UE, Mark Van den Oever diz que os agricultores da nação vão “dar-lhe gás, de novo”, referindo-se ao movimento generalizado de tractores em todo o país.

“Quase todas as preocupações dos agricultores no meio deste conflito foram completamente ignoradas”, lamentou o líder da Força de Defesa dos Agricultores, afirmando que o governo globalista do Primeiro-Ministro Mark Rutte “impõe demasiado às empresas”.

Tentativas de forçar os agricultores a abandonar as suas explorações e a deslocalizarem-se, sem conseguirem sequer encontrar um local para se deslocalizarem, é uma “linha vermelha”, acrescentou o porta-voz da organização, Sieta van Keimpema.

Entretanto, o comissário do governo para a questão do nitrogénio, Johan Remkes, defende as propostas do estado, embora admita que elas têm um custo:

“Se não cumprirmos a agenda verde da União Europeia, os Países Baixos ficarão imobilizados porque será legalmente quase impossível emitir licenças seja para o que for: casas, quintas ou estradas. Escrevo isto com um coração pesado, mas não vejo outra forma. Não espero que o sector agrícola fique satisfeito com este relatório.”

Em Julho, os protestos dos agricultores holandeses fizeram convergir milhares de tractores para as grandes cidades da Holanda. Em certos casos os manifestantes despejaram estrume em frente de edifícios governamentais e ao longo de auto-estradas, em protesto contra a agenda anti-nitrogénio.

O governo tinha anunciado na altura que, até 2030, os Países Baixos iriam observar uma redução de 50 por cento nas emissões de nitrogénio, devido ao encerramento forçado de explorações agrícolas e à relocalização. Esta decisão alinha-se com o programa Natura 2000 da UE, que exige que todos os estados membros da UE retirem a indústria, incluindo a agricultura, de áreas consideradas de importância ecológica.

Algumas explorações agrícolas teriam de reduzir as emissões até 95% para cumprir essa norma, o que as obrigaria basicamente a encerrar. Até 30 por cento da actividade pecuária terá também de ser extinta, criando graves problemas de acesso a carne e lacticínios por parte dos consumidores.

Não admira portanto que nas escolas dos países baixos já esteja em curso um programa para introduzir insectos na dieta das crianças:

 

 

A comentadora política holandesa Eva Vlaardingerbroek diz que o seu país está a ser utilizado como campo de ensaio para o Great Reset do World Economic Forum.

“Todas estas políticas estão estão a ser implementadas no nosso país primeiro, somos uma espécie de território piloto, juntamente com o Canadá, para testar esta agenda.”

E por muito que protestem os agricultores, estas medidas vão ser implementadas com sucesso nesses países piloto. E depois desse sucesso, serão implementadas nos outros países da União Europeia e não só. Tudo indica que o Great Reset vai triunfar, custe o que custar. É um processo imparável porque os povos no Ocidente perderam há muito a capacidade de reacção e o poder de intervir nas decisões fundamentais do governo dos seus países.