A resolução final do Congresso, publicada no sábado pelo Partido Comunista da China, deixou bem claro que as forças armadas chinesas continuarão a ser modernizadas e expandidas com vista a obliterar definitivamente a independência de Taiwan.

Elogiando os esforços desenvolvidos ao longo da última meia década pelo executivo de Pequim, dedicando “grande energia à modernização da sua defesa nacional e das forças armadas”, o Partido apelou a que:

“Sejam implementadas medidas resolutas para impedir a independência de Taiwan e promover a reunificação, manter a iniciativa e a capacidade de conduzir as relações entre as duas margens do Estreito, e avançar inabalavelmente a causa da reunificação nacional”.

O porta-voz do Congresso, Sun Yeli, afirmou na semana passada que a China não exclui a possibilidade de usar a força, mas apenas em resposta à interferência de países exteriores.

“Não prometemos renunciar ao uso da força e reservamos a possibilidade de tomar todas as medidas necessárias contra a interferência de forças externas e o número extremamente reduzido de forças pró-independência de Taiwan e as suas actividades separatistas.”

O Presidente Xi Jinping, que emergiu do Congresso ainda mais poderoso, assegurando um inédito terceiro mandato, enfatizou que a China se reserva o direito de usar a força em certos cenários relativos a Taiwan.

Num longo discurso no domingo passado, Xi falou firmemente sobre a determinação da China em reunificar-se com a ilha autónoma, que Pequim considera parte do seu território.

“Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica com sinceridade e empenhamento. Mas, nunca iremos prometer renunciar ao uso da força. E reservamo-nos a opção de tomar todas as medidas necessárias”.

Consistente com declarações anteriores sobre a questão, Xi salientou que a sua advertência se dirige especificamernte à interferência de forças externas e/ou separatistas que procuram a independência de Taiwan.

 


Dado este contexto, não surpreende o texto da resolução aprovada no Congresso onde se lê que:

“Devemos reforçar as capacidades estratégicas dos militares para defender a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento da China e garantir que as forças armadas cumpram efectivamente as suas missões e tarefas nesta nova era”.