Toda a gente sabe o que é o PayPal e milhões de consumidores utilizam a tecnologia para transacções financeiras na web. O que nem todos sabem é que este serviço é, mais que um método de pagamento de produtos e serviços, um instrumento de supressão da dissidência política. Ou por outras palavras: quem não partilha da ideologia dos quadros dirigentes desta empresa, pode ver a sua conta no PayPal terminada.
Paulo Joseph Watson explica:
Só na última semana, o PayPal fechou a conta da Free Speach Uniun (e do seu secretário Geral Toby Young), uma organização que, como é evidente pela sua nomenclatura, existe para defender o livre arbítrio; fechou a conta da Health Awakening, uma entidade que discute a validade dos cuidados de saúde como são entendidos no Ocidente; fechou a conta da Law Or Fiction, um grupo de advogados que combate os mandatos de vacinação e fechou a conta do Gays Against Groomers, um movimento de homossexuais contra o doutrinamento LGBT e a sexualização de crianças.
@PayPalUK has cancelled it’s services for:@laworfiction the lawyers who challenged vaccine mandates@LD_Sceptics (The Daily Sceptic)@freespeexh @UsforThemUK Challenging vaccines for kids@ukmfa1 UK Medical Freedom@FreeSpeechUnion @toadmeister Toby Young#BoycottPayPal pic.twitter.com/LfkNphacwW
— Stephen James (@drstevejames) September 22, 2022
Ou seja, não se trata aqui de impedir que organizações fraudulentas, criminosas ou terroristas cumpram transações financeiras com recurso a este serviço. Trata-se sim de tentar levar à destituição organizações com pontos de vista políticos diferentes do PayPal.
O fascismo da empresa não é de agora, há anos que tenta e consegue cancelar negócios que manifestem um registo dissidente daquele que é reconhecido pelo establishment como aceitável. À direita do espectro político, a Paypal já cancelou o Daily Sceptic, o Us For Them UK, que tenta combater a vacinação de crianças, o UK Medical Freedom, uma organização de médicos que lutam pelos direitos dos pacientes, entre muitas entidades deste género. Para além de atacar preferencialmente empresas e meios de comunicação social conservadores, a empresa também já terminou contas de órgãos de comunicação social de esquerda, que não se conformaram com as narrativas dos poderes instituídos. E faz isto, para cúmulo do cinismo e da desvergonha, em nome da “tolerância, diversidade e respeito pelas pessoas de todos os estratos”. A tolerância e o respeito e a diversidade terminam logo quando qualquer pessoa ou entidade manifeste algumas dúvidas sobre o que a empresa entende por tolerância, respeito e diversidade, claro.
Dirão os conformistas do costume e os liberais de algibeira e os adeptos da bota elitista que a companhia americana é privada e tem direito a fazer negócios com quem lhe apetecer. Mas se considerarmos que a PayPal é quase monopolista no seu segmento, percebemos o problema que esta política representa para quem tem negócios na web. Na verdade esta é uma forma de condicionar a opinião com uma eficácia brutal: ou aceitas a narrativa ou és arruinado.
Ainda por cima, um outro gigante das transações financeiras, a Mastercard, está a ser pressionada para implementar uma política semelhante, de forma a dar acesso aos seus serviços apenas àqueles cuja opinião converge com os ditames regimentais. E assim, ou aceitas a propaganda que te servem no telejornal ou acabarás por não conseguir pagar as contas do supermercado.
A censura e a cultura do cancelamento já não ocorre apenas ao nível da obliteração de um post no Facebook ou de um desabafo no Tweeter. Em Inglaterra, são presas e perseguidas por delito de opinião milhares de pessoas por ano. Por todo o mundo anglo-saxónico, em França e na Alemanha, milhões de pessoas perderam os seus empregos por recusarem uma terapia genética experimental. E de forma mais insidiosa ainda, a PayPal e outros conglomerados económicos do Ocidente estão muito simplesmente a impedir que cidadãos dissidentes possam fazer negócios, cumprir transacções comerciais, possuir contas bancárias e, em última análise, permanecerem funcionais na sociedade.
A última etapa deste processo de obliteração daquilo que a humanidade tem de mais valioso, a identidade individual e diversidade de pensamento, será o de acabar com o dinheiro em espécie. Porque com uma economia baseada exclusivamente na moeda digital, e em sistemas de crédito social como o chinês, em que a opinião política se reflecte automaticamente naquilo que os cidadãos podem ou não fazer e podem ou não comprar, todos dependeremos das “autoridades” para cumprir com a regular vida quotidiana.
E se permanecermos adormecidos perante o assalto à dignidade e à liberdade que todos os dias ganha terreno sobre as nossas vidas, será este o admirável mundo novo que nos espera.
Relacionados
17 Set 24
Como a primeira, a segunda tentativa de assassinato de Donald Trump deixa muitas perguntas sem resposta.
O perfil do suspeito, as circunstâncias da ocorrência e factos contraditórios envolvem a segunda tentativa de assassinato de Trump numa nuvem de fumaça que é a imagem de marca de uma black op, como a que também já tinha encoberto a primeira tentativa.
15 Set 24
Globalismo e Comunismo:
Os dois lados da mesma moeda.
A primeira de três crónicas de Walter Biancardine dedicadas à denúncia da herética cumplicidade corporativa, de inspiração marxista, entre os agentes do capitalismo contemporâneo e o Estado.
13 Set 24
É muito provável que o pior agente do caos sejas tu.
O pior agente da decadência do Ocidente, por incrível que possa parecer, não é o Alexandre de Moraes, nem o Justin Trudeau, nem o Emmanuel Macron, nem qualquer vilão deste género, porque estes estes vilões são tão raros que deveriam até ser irrelevantes.
13 Set 24
Apparatchik da era Clinton pede que “reguladores globais” prendam Elon Musk.
O antigo Secretário do Trabalho de Bill Clinton, Robert Reich, declarou que os "reguladores globais" deveriam prender Elon Musk por espalhar "desinformação" e "ódio". Nesta altura do campeonato, os globalistas já deixaram cair a máscara e estão a apostar tudo na tirania.
12 Set 24
Donald vs Kamala:
Um debate soporífero, travado em plano inclinado.
Para conseguir empatar a disputa retórica com Kamala Harris, Donald Trump teve que estar muito longe da sua melhor forma e a vice-presidente teve que contar com a inevitável assistência técnica dos seus propagandistas da ABC. Um debate para esquecer.
12 Set 24
Desespero com “notório saber jurídico”: A Democracia Trans.
O regime 'trans' que vigora no Brasil é autoritário, draconiano e musculado como uma ditadura, mas distribui gentilezas e graças, aos sócios do sistema, como se de uma democracia legítima se tratasse. Um protesto de Walter Biancardine.