O primeiro monólogo do dissidente escocês no ContraCultura é uma obra de arte em oratória. E um lúcido tratado sobre o estado da governação dos povos na segunda década do Século XXI. São dez minutos de luz, para quem quiser ser iluminado.
É verdade que a maioria dos cidadãos no Ocidente ainda acredita que os estados defendem os direitos dos povos que regem, que promovem a sua prosperidade e trabalham para o bem geral. É verdade que a maior parte dos eleitores ainda julga que vive no contexto de democracias participadas, que salvaguardam o estado de direito e o livre arbítrio. É verdade que uma larga faixa estatística dos contribuintes ainda crê que não está a ser roubado, que o seu dinheiro não serve quase exclusivamente para enriquecer as oligarquias corporativas e as burocracias regimentais que, em nome de falsas ameaças ou vãs promessas, comandam os destinos das nações. É verdade que todos estes milhões de servos do sistema não podiam estar mais enganados.
Somos hoje governados por interesses que não são os nossos, manipulados por ambições que não nos servem, alienados por tecnologias que nos aviltam e diminuem, jogados uns contra os outros por razões fabricadas, envergonhados pela distorção da história, iludidos pelas máquinas de propaganda, normalizados pelas universidades e pelas indústrias de entretenimento, espoliados ao abrigo de uma visão distópica da sociedade, equalizados como gado, categorizados como mercadorias, testados como ratos de laboratório e cegos como morcegos expostos ao clarão solar.
E é complicado sair dessa tenebrosa caverna socrática. É difícil pensar o impensável. É um processo árduo o de abrir os olhos e perceber o jugo, a mentira, o mal absoluto. É uma escalada impossivelmente íngreme, a da ascensão à verdade. Será até traumático para aqueles que se julgam protegidos, privilegiados e assistidos; para aqueles que vivem bem na servidão, que estão satisfeitos com a irrealidade que lhes é fornecida no telejornal, que tiram prazer da hipnose.
Mas ninguém disse, nem Cristo, que a redenção era fácil.
Relacionados
27 Nov 23
UE lança plataforma online que encoraja “o maior número possível de migrantes” a vir para a Europa.
Em vez de tentarem contrariar a imigração descontrolada para a Europa, os burocratas de Bruxelas criaram um programa para receber mais sete milhões de alienígenas até 2030, a propósito de uma suposta "escassez de mão de obra".
24 Nov 23
São muito masculinos: Pentágono vai dispensar 3.000 efectivos das operações especiais.
Os soldados de elite das operações especiais não são muito receptivos à filosofia woke do regime Biden. São, por isso, descartáveis. Para o Pentágono, a identidade de género e a diversidade são factores muito mais importantes do que a eficácia de combate.
23 Nov 23
FBI recusa classificar o massacre de Nashville como crime de ódio contra os brancos, mesmo depois de divulgado o manifesto racista do assassino.
O regime Biden só considera crimes de ódio aqueles que são cometidos contra não brancos. Mesmo quando todos sabemos que o transexual de Nashville matou a tiro 6 pessoas (3 crianças), por causa da cor pálida da sua pele.
23 Nov 23
Geert Wilders, dissidente eurocéptico, anti-imigração e anti-islão, vence eleições legislativas nos Países Baixos.
O Partido da Liberdade, odiado pelo sistema político neerlandês, pode até nem conseguir formar governo, mas a vitória de ontem não deixa de ser animadora para o movimento populista europeu. Em Davos e em Bruxelas, devem estar a soar sinais de alarme.
22 Nov 23
Líder populista holandês hospitalizado após ataque violento, dias antes das eleições.
Num contexto de guerra aberta aos partidos populistas europeus, os seus líderes estão a ser baleados, espancados e agredidos de todas as maneiras possíveis e imagináveis. A tolerância da esquerda e a democracia na Europa, em todo o seu esplendor.
22 Nov 23
Meloni admite necessidade de uma solução negociada para a Ucrânia e impotência face à imigração.
Giorgia Meloni foi levada a admitir que os líderes europeus estão "cansados" da guerra na Ucrânia, reconhecendo paralelamente a impossibilidade de encontrar uma solução para a crise da imigração, problema que por acaso até foi eleita para resolver.