Na segunda-feira, interpretando um magnífico momento de televisão – monólogo satírico impiedoso que supera qualquer late night sem piada nenhuma do insuportável Stephen Colbert (que é, mesmo a propósito, o alvo da sátira) – Tucker Carlson consegue permanecer sério, contrariando todas as expectativas.
A virtuosa cruzada que reduz Colbert à sua insignificância teve logo a seguir uma consistente sequela, porque no monólogo de terça-feira, Tucker voltou ao mesmo assunto.
Apesar deste último ser de carácter menos satírico, Tucker desmancha-se mais. Porque é objectivamente impossível permanecer impávido perante o ridículo do infeliz personagem que a CBS continua teimosamente, e apesar das audiências sofríveis, a projectar como estrelinha; e porque alguém tem que se rir, e fazer rir, com este assunto, já que Colbert, que pensa que é um comediante mas não passa de um muito aborrecido apparatchik do regime Biden, não consegue arrancar sequer um sorriso tímido a alguém cujo cortex cerebral funcione com fisiológica normalidade.
Stephen Colbert é a representação rigorosa de tudo o que corre mal com os intérpretes dos media ocidentais. Pensa que tem graça; não tem piada nenhuma. Julga-se o bom da fita; é um nazi de primeira. Considera-se dotado; é destituído. Ganha milhões; não merece dez dólares por hora. Imagina-se rebelde; não passa de um servo.
Esta espécie miserável de palhaço rico acha, claro, que pode fazer o que lhe der na gana, como entrar de surra no Capitólio para incomodar congressistas que lhe desagradam. Não pode. Mas como mandou os escravos para fazerem o trabalho sujo, não é ele que vai preso. E como os escravos votam Biden, só ficam presos durante uma noite. Os que votaram Trump, estão a apodrecer em celas de isolamento há um ano e meio, por terem cometido exactamente o mesmo crime.
Mas Colbert acha que é de tal forma divino que pode celebrar os presos políticos de 6 de Janeiro de 2020, enquanto envia os mais estúpidos de entre o seu staff de imbecis para dentro do Capitólio sem qualquer autorização oficial. Os penetras dele, são bons e justos como anjos redentores. Os penetras que discordam dele, são maus e ímpios como traidores. E toda a gente sabe que pena merecem os traidores.
Por trás do comediante que ele não é, está o carrasco que ele é completamente. E Tucker Carlson sabe disto. É por isso que não o larga.
E faz senão bem.
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